Quando o desprezo é direcionado para algum tipo de situação, ele funciona como algo punitivo por ações / situações não aceitáveis, ele serve como um juiz para pautar o erro e promover a condenação “moral”.
Na maioria dos casos, o desprezo é direcionado a pessoa como um todo e não a uma ação isolada que ela pratica. Em muitas situações é difícil essa separação do homem e da ação, despreza o sujeito como um todo.
Mas reconhecer a emoção em si, me auxilia no questionamento se meu desprezo é pelo outro, pela situação, se é equivocada ou incoerente.
Ao desprezarmos algo, não estamos inclinados para a coisa ou nos afastamos dela; em vez disso, deixamos de prestar atenção. Podemos considerar como “desprezo passivo”. Pode parecer que o desprezo passivo deva ser considerado simplesmente uma falta de interesse no alvo.
O desprezo ativo já aciona uma ação, seja não verbal ou até mesmo em última instância de forma verbal- como assédios, ironias, etc. A forma ativa do desprezo pode incluir boicotes, rejeição, esquiva, humilhação entre tantas ações para concretizar o seu baixo valor.
E na face?
“Suspeito que vemos um traço dessa mesma expressão no que é chamado de sorriso zombeteiro ou sarcástico. Os lábios são então mantidos unidos ou quase unidos, mas um canto da boca é retraído lateralmente em direção à pessoa ridicularizada; e esse recuo do canto é parte de um verdadeiro escárnio”.
Charles Darwin
Com base nas observações de Paul Ekman, o desprezo é uma emoção universal. O termo “emoção universal” é usado para referir-se a emoção que se presume ter uma base biológica.
E você? Identifica o desprezo?