É o terceiro sistema a se desenvolver. Representa os valores internos. Ele se forma na infância através de recompensas e punições. Se trata da força moral da personalidade.
O Superego representa mais o ideal do que o real, ele busca se alinhar, sua principal demanda está ligada ao que é certo ou errado, como um árbitro moral, para executar uma ação.
Ele trabalha com dois subsistemas- punição e recompensa:
Punição: o que é impróprio, causa punição e é incorporado na consciência.
Ideal de ego: o que é aprovado, ligado a recompensa e essa incorporação é chamada de introjeção, onde a criança introjeta os valores morais.
Quais são as principais funções do Superego?
Inibir os impulsos do Id.
Persuadir o ego a substituir ações realistas por ações moralistas.
Buscar a perfeição.
O ego ele adia a satisfação do id, enquanto o superego, se aquilo for contrário a seus valores deseja bloquear definitivamente.
O Superego está ligado diretamente ao sentimento de culpa através da punição na formação de valores, onde é incorporado na consciência que aquilo é errado. Então, o superego deve a todo momento alinhar o reconhecimento das emoções, desejos, necessidades e ações aos valores morais, ele é o responsável pela raiva pré-ataque não se transformar em um ataque de fato.
Todas as instâncias estão intimamente ligadas a como expressamos nossas emoções, seja na busca de uma satisfação, na busca de um comportamento adequado para sanar a necessidade ou até mesmo o bloqueio de uma ação impulsionada por uma emoção.
A personalidade é constituída por três grandes sistemas: id, ego e o Superego. Cada sistema é um, mas se relacionam de forma estreita e o comportamento é quase sempre o resultado dessa interação. É muito difícil que um sistema opere sozinho e exclua os outros dois.
O ID é o sistema original, é dele que se origina o Ego e o Superego. É nele que se encontra toda a energia psíquica que também é direcionada para os outros dois sistemas. Segundo Freud (1966) ele chamou o Id de ” a verdadeirarealidade psíquica“.
O Id não tolera alta carga de tensão, ele busca descarregar essa tensão para que o organismo volte a um estado confortável. Isso é feito pelo Princípio do Prazer. O Id busca evitar a dor e a busca do prazer, para isso, ele utiliza de dois processos;
Ações reflexas: que se trata de reações inatas e automáticas para reduzir a tensão, como espirrar, tossir, etc.
Processo primário: já é um processo um pouco mais complexo, porque forma uma imagem/objeto para diminuir a tensão, essa experiência é chamada de realização de desejo.
Como o comportamento é resultado dessa interação, quando o id está com uma tensão intensa, o instinto possui uma fonte somática o desejo/necessidade vai motivar o comportamento. Esse instinto vai impulsionar o comportamento e a direção da ação.
Os instintos internos fazem mais exigências que o instintos externos, então a carga emocional está vinculada ao Id, em relação a sua intensidade e fonte de energia psíquica.
As emoções são influenciadas pelos instintos de vida e morte? Nossas emoções estão presentes em nossas relações do dia a dia, na interação. A dinâmica da personalidade em relação ao deslocamento da energia psíquica é fundamental para esse controle da tensão do Id. A energia se desloca diante de novas necessidades, novas situações, onde o foco muda de objeto.
Podemos concluir que o processo primário por si só não consegue reduzir a tensão então, é desenvolvido um novo processo psicológico- secundário.
Para aqueles que ainda não leram ou ouviram falar de Inteligência Visual, é uma técnica e especialidade que desenvolve seu poder de observação. Seus fundamentos ampliam a forma de observar o mundo a sua volta capacitando você a ter uma visão mais inteligente e seletiva.
Nos olhos a luz te faz enxergar, mas como tratar todas informações que dela podemos extrair? Como otimizar esta leitura visual e trazer benefícios dentro do seu ambiente de trabalho, lar e nas relações interativas do cotidiano? Com estas cinco regras você se permitirá a observar o mundo e ver aquilo que pessoas normais não veem e te ajudará a ver aquilo que deveria estar lá e não está.
Falaremos sobre as cinco regras de cabeceira para aqueles que pretendem praticar e desenvolver a Inteligência Visual.
Regra 1 – Faça devagar
Para que possamos fazer nossas tarefas com calma e com alto grau de eficiência é necessário criar um planejamento estratégico. Cada assunto ou demanda tem que ser tratado com muito zelo e disciplina. Fazer uma agenda positiva elencando as tarefas diárias é essencial para ter ótimos resultados.
Há também aplicativos que auxiliam no cotidiano. Deixa um espaço do dia para resolver as “Demandas lixos” que chegam todos os dias. Lembrando que as tarefas escolhidas deverão ser respeitadas os horários e o tempo para elas. Você precisa ter esta consciência de que é importantíssimo ter esse tempo para fazer com calma e com muito foco. Só assim você terá melhores resultados.
Regra 2- Elimine a gordura informacional
Então pessoal… sabe aquela sensação de que sua cabeça está lotada de informações? Você tem tantas rotinas e tarefas da hora que acorda até quando vai dormir. E pior, a maioria continua com o cérebro ativo durante as madrugadas como se estivessem trabalhando em alguma atividade diária sem dar o devido descanso. Parece um looping interminável.
Nosso cérebro não é diferente do resto do corpo. A maioria de nós esquecemos que ele é um órgão físico e que precisa de cuidados assim como o seu coração, rim, joelhos, olhos, etc. Todos os anos as pessoas que se cuidam vão ao seus cardiologistas, endocrinologistas….mas e o nosso cérebro? Quando cuidamos?
As dicas que eu te dou são as seguintes:
Faça meditação por pelo menos 5 minutos antes do expediente. Irá auxiliar dar um reset e potencializar os canais de acesso otimizando os resultados.
Pratique exercícios físicos. O controle hormonal e a regularização do sistema vascular melhorarão a oxigenação e a nutrição celular, consequentemente as células neurais serão beneficiadas.
Alimentação saudável. Nem precisamos falar que comer direito traz benefícios. Assim como serve para todos as outras áreas, a inteligência visual não seria diferente. Nutrição é tudo para termos uma ótima resposta em nosso corpo
Pratique atividades lúdicas – É isso mesmo pessoal. Usem e abusem de jogos de tabuleiros, xadrez, cinema, teatros e entretenimentos no geral.
Regra 3- Qualquer segundo a mais faz a diferença
Na inteligência Visual o tempo é nosso aliado, mas não na forma que você está pensando. Quanto mais tempo observamos mais informações estamos armazenando. Mas André … é para ficar olhando um quadro eternamente? Claro que não!
Mas observar exige concentração e foco. Faça um treino. Analise uma obra de arte por 1 minuto inicialmente e anote. No outro dia faça essa mesma análise por 3 minutos e anote. No terceiro dia faça por 5 minutos e anote. Neste exercício você verá que cada vez que fizer a análise sempre terá mais informações.
Regra 4- Siga os fatos
A maioria das pessoas quando analisam um objeto ou situação normalmente ela coloca suas impressões e opiniões acerca do que estão vendo. Mas na Inteligência Visual o que vale são os fatos e não opiniões. Colocar nossas impressões subjetivas é um erro que comumente cometemos e precisamos ter cuidado para não desviar o foco das verdadeiras informações.
Não podemos jamais utilizar a palavra “eu acho”. Quando for analisar narre os fatos observados. Se for um carro por exemplo, o descreva dizendo qual a cor, quantas rodas, faróis, portas. Se tem alguém dentro do carro ou não. Qual a logomarca do carro caso esteja visível, senão, deverá analisar outras características como o tamanho, formato, etc. Quais os elementos que deveriam estar e não estão lá por exemplo. Quanto mais elementos, melhor será sua capacidade de tomada de decisão.
5- Tenha pelo menos um Propósito bem definido
Recentemente foi realizado uma pesquisa pelo consultor de carreiras Fredy Machado, e infelizmente 90% das pessoas estão infelizes no que fazem. Se você não gosta do que faz, como terá a curiosidade em se capacitar e melhorar seus desempenhos?
Já começa por aí. Sem curiosidade, não tem motivação, e sem motivação não tem propósito. O resultado disso é baixa Inteligência Visual. Ficando propensos a multitarefas e piloto automático. Reféns das circunstâncias e pessoas frustradas. Se não temos a capacidade de escolhermos o que queremos, não teremos como desenvolver a Inteligência Visual.
Ou seja, para que desenvolvamos a Inteligência Visual é necessário ter interesse no que propomos a fazer.
Mas se não podemos ainda escolher nossos trabalhos, comece com algo que está perto de você. Se você olhar para dentro de você com certeza lembrará de algo que ama fazer ou faria sem ganhar um tostão. Está aí o Propósito. Pode ser voltar a fazer aula de violão, dançar, pintar ou até mesmo cozinhar. O importante é começar a treinar o cérebro a fazer coisas que tragam prazer.
Segundo estudo da Revista Neuron, publicada em 2014, a curiosidade aumenta o poder de memória. Isso acontece porque a curiosidade faz com que aumentemos a motivação de aprender ou conhecer algo novo.
A equipe de pesquisadores da Neuron descobriu que, ao estimular a curiosidade e despertar esta forte motivação intrínseca, provoca-se uma maior atividade no circuito cerebral relacionado com a recompensa nas pessoas curiosas. Na verdade, aumenta a atividade em três regiões-chave do córtex cerebral muito ligadas ao aprendizado, à memória e à repetição de comportamentos que geram prazer.
Como podem ver esse aumento de recompensa é crucial para darmos continuidade em nossos propósitos. Comece com pequenos propósitos e depois de algum tempo estará com seu campo de visão mais amplo e suas percepções aumentarão exponencialmente ao ponto de poderem escolher fazer o que mais amam, mesmo em suas atividades profissionais. É só começar!
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Diante de uma situação de estresse o indivíduo tende a aflorar os instintos e isso reflete diretamente no comportamento. Os instintos sempre deixam vestígios, sinais que pode ser detectado na face, corpo e paralinguagem.
Segundo Navarro (2008), o comportamento sempre emite uma informação, ela revela o verdadeiro estado emocional da pessoa.
No contexto de uma entrevista/interrogatório estabelecer um rapport cria uma ambiente favorável para a coleta de informações.
Na maioria dessas ocasiões o que se busca é verificar a veracidade do discurso. Algumas mentiras são inseridas em nosso dia a dia como “convenções sociais”, para que a pessoa se relacione melhor com o meio.
Mas há mentiras que são intencionais e pode ocorrer através da omissão, geralmente proporciona mais segurança ao mentiroso, é uma mentira menos trabalhada, requer menor esforço. E há mentiras que são fabricadas, essa exige do mentiroso uma maior articulação verbal e ele corre mais risco de ser pego.
A demanda fisiológica está no Sistema Nervoso Autônomo, então, nossas respostas fisiológicas surge diante de uma ameaça, como por exemplo, a resposta “fight or flight”, onde o corpo se prepara para a luta ou fuga.
Segundo Navarro; Karlins (2008), o primeiro comportamento de defesa diante de uma ameaça é a síndrome de “freeze/hide”, quando o indivíduo fica paralisado, entre os animais, podemos constatar que alguns se fingem de morto para escapar do seu predador.
Já no corpo humano podemos notar algumas reações como prender a respiração, exposição física diminuída, efeito tartaruga, etc. Durante interrogatórios/entrevistas comportamentos definidos como “flight” ocorrem com frequência diante de um estresse, ações de bloqueio como coçar/fechar os olhos, cobrir a face com a mãe, postura de esquiva, barreiras físicas, etc.
Esses comportamentos não apresenta isoladamente um indício de mentira, mas indicam um desconforto e uma ação de distanciamento. Podemos inserir também gestos pacificadores/adaptadores, que tem a função de acalmar, confortar o próprio indivíduo em momentos difíceis.
Para dar escape ao instinto de lutar, fugir ou esconder-se o indivíduo fica em meio a um conflito, e em meio a esse conflito é que as pistas não verbais estão visíveis com uma maior intensidade.
A face é o maior canal de comunicação, segundo Ekman e Friesen (2003), há quatro tipo de vazamento de mentira : morfologia da face, tempo da expressão, localização da expressão e a micro expressão facial (deve-se considerar o contexto pelo entrevistador).
As emoções pode funcionar como um impulso ou bloqueio em uma investigação. Ela pode se levantar como uma barreira intransponível se o investigador não tiver a percepção do que ocorre com quem está a sua frente. Como citado no livro a Arte da Guerra:
“Quando cercar o inimigo, deixe uma saída para ele, caso contrário, ele lutará até a morte.”
Identificar as emoções na face é uma competência que pode ser desenvolvida e utilizada de forma responsável e ética.
Ao pertencer a uma equipe, com sentimento de ser aceito, ele satisfará a necessidades individuais de aceitação, afeto, auto realização.
Podemos encontrar dois tipos de equipes:
Com objetivos comuns, habilidades diferenciadas, uma coordenação, um plano de trabalho, uma equipe bastante singular. Há certa flexibilidade neste tipo de equipe. Um exemplo é time de futebol.
Há objetivo comum, mas é uma equipe mais rígida, um não poderá substituir o trabalho do outro. Sem a coordenação o trabalho também não poderá ser executado, pois ele sempre determina o funcionamento da equipe. Ex: Orquestra sinfônica
A equipe também funciona como um espaço psicológico para compartilhar emoções – e é compreensível que as pessoas adotem comportamentos coletivos diferentes do que seria se agisse individualmente.
Há uma mudança de comportamento quando se passa a trabalhar em equipe, difere muito de um trabalho realizado de forma individual.
O que pode causar uma equipe disfuncional?
Escolha das pessoas – não levam em consideração as características de personalidade de cada um. Os membros devem ter alguma afinidade para desenvolver o vínculo emocional.
Metas mal determinadas – para que os membros não se percam em detalhes.
Quantidade de projetos – não calcular os recursos necessários e tempo de execução. (estresse reduz a criatividade).
Falta de direção – compromete a existência da equipe, como o excesso de união representa um mecanismo de defesa.
Prolongar a tomada de decisão – aumenta a ansiedade do grupo, reduz a visão e deteriora o ambiente de equipe.
Com o tempo, aparece um efeito que chamamos de deslocamento – para a busca por melhorias o foco fica na formalização dos encontros, isso ocorre por falhas que são reforçadas por;
Liderança despreparada – sem o perfil para a execução da tarefa.
Escolha do participante – sem alinhar o perfil a tarefa proposta e disponibilidade de tempo para execução.
Falta de preocupação em fixar missão e atingir objetivos.
Supervisão – inadequada ou inexistente.
Por isso é tão importante reconhecer que dentro da equipe há um profissional singular, com talentos e aptidões específicas. Da mesma forma, ao estar inserido em uma equipe, suas fragilidades estão inseridas nesse contexto. A resiliência e assertividade nesse ambiente é fundamental para o bom funcionamento.
Reconhecer não só aptidões, mas a essência do outro te proporciona uma qualidade de relação muito positiva, te ajudará a administrar melhor de conflitos, delegar com mais assertividades e mais segurança na tomada de decisão.
Na outra ponta da linha, está como você se apresenta dentro dessa equipe. A comunicação não verbal ocupa grande parte da nossa comunicação. Qual a mensagem você transmite nesse ambiente? Tem motivado as pessoas.
Se você fizer uma análise a teu respeito, tem transmitido realmente o que você é?
O verdadeiro trabalho em equipe é um processo contínuo e interativo de um grupo de pessoas aprendendo, crescendo e trabalhando interligadas para alcançar metas e objetivos específicos em uma missão comum.
É um desafio trabalhar em equipe, há um aprendizado coletivo, necessidade de uma comunicação aberta, uma prática democrática e a não cristalização de opiniões.
É comum ouvirmos as pessoas dizerem que a pessoa é muito emotiva, ou que está com o emocional abalado, ou que é uma explosão de emoção, ou que tomou decisão na emoção.
Afinal o que é emoção?
Ato de
Agitação = ALVOROÇO, COMOÇÃO, TUMULTO
Perturbação = COMOÇÃO
[Psicologia] Conjunto de reações, variáveis na duração e na intensidade, que ocorrem no corpo e no cérebro, geralmente desencadeadas por um conteúdo mental.
ETIM fr. Émotion “Perturbação Moral”
Percebem que mesmo no dicionário a emoção não me parece ter uma definição precisa, para poder contextualizar a palavra como elucidei no início do texto?
Eu diria que o ser humano é constituído de emoção, ela pode estar sob controle ou descontrolada, uma emoção bem canalizada dará a pessoa um bom discernimento de conduta na sociedade, uma emoção mal canalizada deixará a pessoa com atitudes por vezes inadequadas na sociedade.
Ilustrativamente, vejo a emoção como a água, ela em seu estado natural é líquida e fluída, seguindo o caminho mais fácil, contornando obstáculos, sem resistência. Seria isso uma emoção de Alegria?
A partir do momento que começamos a querer tirar a água de seu curso normal, começamos a perceber as alterações ou as reações.
Se existe um aumento de volume repentino de água num rio, ela começa a avançar com mais velocidade e força, saindo da sua calmaria e com potencial poder destrutivo. Seria isso uma emoção de Raiva pré-ataque?
E, nas épocas em que as chuvas estão escassas, o rio correndo num fio de água, fraca e sem força. Seria isso uma emoção de Tristeza?
Você olha para um rio limpo e saudável e avista uma pessoa jogando lixo na água do rio, o que você sente por essa pessoa… Seria isso uma emoção de Desprezo?
E, se esse mesmo rio começa a ficar com cheiro de esgoto, aquele cheiro fétido que mal conseguimos respirar. Seria isso uma emoção de Aversão/Nojo?
Agora você está nadando no rio e de repente a correnteza começa a te puxar, num primeiro momento você pensa no que está acontecendo. Seria isso uma emoção de Surpresa?
Em seguida você sente que não consegue vencer essa correnteza e ela começa a te puxar cada vez mais forte… Seria nesse momento que você sente a emoção do Medo?
Agora o que seria essa emoção ou analogamente a água dentro do ser humano? Imaginem uma panela de pressão (corpo humano) cheia de água (emoções), tampe e leve ao fogo.
O normal dessa panela ao começar a aquecer, é começar a eliminar o vapor pela válvula, se deixar em fogo alto a válvula vai soltar mais vapor e você perceberá mais barulho, se colocar em fogo baixo vai perceber que a válvula vai soltar menos vapor e fazer menos barulho.
Se a pressão estiver muito forte, você abaixa o fogo e mesmo assim a pressão não diminui, o melhor a fazer é desligar o fogo, certo? O vapor vai continuar a se soltar pela válvula e a vai diminuindo até não soltar mais nada. É nesse momento que você pode abrir a tampa com tranquilidade e sem risco de se ferir, podendo colocar mais água e levar ao fogo novamente.
Está percebendo para onde estou querendo levar você leitor com a emoção? Conseguiu olhar aí para dentro da sua panela de pressão?
Em quantos momentos sentimos que a nossa válvula está bombando em vapor e ao invés de abaixar o fogo, queremos mais fogo, aquilo vai aumentando até chegar ao ponto de explodirmos. Ou, sempre ficamos ali no fogo baixo, sem intensidade, com pouco vapor, sem atitude.
Será que existe o certo ou o errado para as nossas emoções? Você acha possível controlar?
Segundo a ciência, muito difícil de você controlar as suas emoções, Paul Ekman diz que a emoção reage de 0,5 segundos ou 1/5 segundos.
Nos estudos científicos de Paul Ekman, existem 7 emoções universais. Sabem quais são? Exemplifiquei cada uma delas ali em cima no rio. Alegria, Raiva, Tristeza, Aversão/Nojo, Desprezo, Surpresa e Medo.
Lembra-se da água na panela de pressão? É isso! Coloque as 7 emoções universais dentro da panela de pressão e acenda o fogo. Quem tem o controle da intensidade desse fogo é você sobre as suas emoções. Nesse fogo também podem ser jogados os gatilhos e intensificar o fogo, para ver como você reage à esses estímulos.
Volto nesse momento com o que descrevi no início do texto, talvez fique mais fácil de entender cada frase abaixo. Tem como generalizar a interpretação de cada uma delas? É CLARO QUE NÃO!!! São 7 emoções universais que estão dentro dessa panela de pressão.
A pessoa é muito emotiva.
Ok, em que emoção? Ela tem raiva, tristeza, alegria, aversão/nojo, medo, surpresa, desprezo. Acredito existir um rótulo de que quando falam que a pessoa é emotiva, isso fica no sentido de frágil, chorona, introspectiva, etc.
Depois de aprender sobre as EMFACS, (Emotional and Facial Action Coding Systems / Emoções e Sistema de Codificação de Ações Faciais) o meu conceito sobre emoções foi para outro patamar, não tem mais como generalizar as emoções e em qual contexto elas se manifestam.
Está com o emocional abalado.
Estariam as emoções dentro de um liquidificador e tudo se misturando ali?
É uma explosão de emoção.
Depende de qual delas explodir.
Tomou decisão na emoção.
Essa é interessante, imaginem tomando uma decisão com alegria ou com tristeza, com raiva ou com medo?
Existem estudos científicos de que a maioria das pessoas tomam decisões na emoção e não na razão, a minoria podemos considerar que estão inseridos os psicopatas.
Pode parecer estranho, mas, vamos aos exemplos:
Você está dirigindo e vem outro motorista e te fecha, você xinga e ele te xinga de volta. Qual a sua decisão na emoção raiva? Vai atrás do outro carro, fecha e pode até chegar à violência. Se tivesse tomado à decisão na razão, teria deixado o outro motorista ir embora.
Você está tão alegre com a promoção que recebeu no trabalho e mesmo antes de receber o primeiro salário reajustado, vai naquela loja e compra aquele objeto tão desejado, paga no cartão em 3 vezes, felizão da vida. Quando chega o holerite com o reajuste, vê que o imposto de renda comeu mais do que imaginava do salário, recebe a fatura do cartão e já vê que vai se enforcar por 3 meses. Tomou a decisão na emoção da alegria, passou pela emoção da surpresa ao abrir o holerite e ficou com a emoção de tristeza na fatura do cartão e muito provável que vai seguir para a emoção do medo de não conseguir pagar. Se tivesse tomado à decisão na razão, teria esperado receber o primeiro holerite para poder planejar a compra do objeto tão desejado.
Percebeu o quanto somos compostos de emoções? Elas estão presentes em nós a todo o momento, sempre dentro de um contexto e ponto quente, que será acionado com um gatilho.
As emoções aparecem em nossa face através de Micro Expressões Faciais de 0,5 segundos a 1/5 de segundo, cada emoção tem um padrão de tempo de duração, se fugirem do padrão, pode ser que aquela emoção está sendo manipulada pela pessoa.
A emoção sempre vem com a Micro Expressão Facial e depois a verbalização dela para se caracterizar como verdadeira, se a verbalização vier antes da MEF, isso é falso.
Daí você me fala, mas, e o movimento do corpo? O corpo irá reagir àquela emoção, a face está mais perto do cérebro, por esse motivo vai reagir mais rápido do que as mãos ou os pés.
Estamos falando de ciência, ou seja, foi testada, pesquisada, aplicada, validada, revalidada, identificada etc., para poder concluir que determinado músculo ou grupo de músculos faciais, estão presentes dentro de cada uma das sete emoções universais do ser humano.
A ciência pesquisou as FACS no ser humano e fizeram as pesquisas em gorilas, para validar que a MEF também aparece nos primatas. Agora nessa foto, olhem o medo na minha cachorrinha na presença de um cachorrão. Cara de Medo, coitadinha!
Portanto, a “face é o palco das emoções” (IBMEF), é lá que elas se apresentam, que se destacam, que são protagonistas no ser humano. Mas, será que é só na face que as emoções estão presentes?
Eu complemento esse artigo dizendo que temos a escrita, que seria o bastidor dos sentimentos e do inconsciente.
Após o estudo das EMFACS, comecei a querer conectar a Micro Expressão Facial com a Grafologia, pois, na escrita também colocamos as nossas emoções nas palavras dentro de um contexto.
A Grafologia é a ciência que estuda a personalidade através da escrita, mas, eu posso afirmar que é muito mais que personalidade, também estuda o momento de vida que a pessoa está passando, que podem refletir com os gatilhos lançados na mente e essa reagir no momento que estamos escrevendo.
A análise grafológica é realizada com a composição de várias características da escrita, onde um profissional capacitado poderá montar esse quebra cabeça de signos para descrever essa personalidade.
Quando falo de signos, não é o signo da astrologia e sim como signo no sentido de sinal indicativo ou um símbolo. Por exemplo, a escrita com curva, chamamos de guirlanda, que é um signo, assim como o ângulo é outro signo e assim por diante.
Max Pulver, grafólogo suíço, consolidou o simbolismo do espaço gráfico da escrita e materializou com essa frase:“O consciente escreve, o inconsciente dita”.
Quando eu reflito sobre essa frase, ao escrever se o escritor mergulha na redação o seu inconsciente começa a traçar os signos de sua personalidade, de suas emoções, de seus sentimentos no papel. Também vejo isso na Micro Expressão Facial, o inconsciente vai movimentar os músculos faciais de forma involuntária reagindo ao estímulo recebido.
Só que ao invés de ficar registrado no papel, se passa em 0,5 segundos ou 1/5 de segundos na face.
Aqui faço o comparativo da folha em branco com a nossa face, sendo ambos o quadro de uma história de vida, por esse motivo, temos que ter ética e respeito ao analisar uma escrita ou uma micro Expressão facial, pois, estamos falando de seres humanos.
As emoções também são analisadas na Grafologia Emocional, com os espaços em branco entre as letras, palavras e linhas, os tamanhos dos parágrafos, do texto, as margens, as palavras reflexas que representam os atos falhos, é um estudo rico e complexo.
Os estudos continuam e a associação entre as duas ciências vão ficar cada vez mais em minha mente. Em entrevistas de candidatos, começo a vincular a análise grafológica com as micro Expressões faciais, entendendo o contexto, identificando os pontos quentes e colocando os gatilhos.
A aplicação é livre, desde que seja com ética e insisto com respeito às ciências, ao conhecimento e principalmente ao ser humano.
Por Alexandre Horimi
Profissional de Desenvolvimento Humano, com mais de 30 anos de vivência de mercado em segmentos diversificados, tais como, tecnologia da informação, segurança patrimonial, BPO, automação industrial, varejo de alimentação e cooperativa de crédito. É capacitado em grafologia e profissional iniciante em Micro Expressão Facial.
Assertividade – o grau pelo qual você tenta satisfazer seus próprios interesses.
Cooperatividade – é o grau pelo qual você tenta satisfazer a necessidade do outro.
Podemos destacar cinco estilos de como lidar com o conflito;
Competindo – Significa ser assertivo e não colaborativo; um estilo orientado ao poder, a pessoa usa meios para impor sua posição, “fazer valer seus direitos”.
Concedendo – Significa não assertivo e colaborativo; o oposto de competindo, o indivíduo negligencia seus próprios interesses para satisfazer o outro, há um elemento de auto sacrifício neste estilo.
Evitando – Significa não assertivo e não colaborativo; o indivíduo não promove os seus interesses e nem os interesses do outro, simplesmente não enfrenta o conflito.
Colaborando – Significa ser assertivo e colaborativo; o oposto de evitando, ele busca uma tentativa de trabalhar com o outro para encontrar uma solução que satisfaça a ambos.
Conciliando – Significa um grau intermediário de assertividade e colaboração; encontrar uma solução mutuamente prática e aceitável, que satisfaça parcialmente ambas as partes – um meio termo entre competindo e concedendo.
Todos os cinco estilos são úteis em algumas situações.
Todos são capazes de utilizar os cinco estilos de administrar os conflitos, mas algumas pessoas se saem melhor usando determinado estilo e o emprega mais cotidianamente.
O conflito segundo a psicologia é um estado emocional que surge toda vez que há um obstáculo na satisfação de um desejo. Em alguns momentos o conflito pode ser considerado como uma frustração, eles podem ser externos ou internos.
Eles podem ser categorizados;
Aproximação – Aproximação; quando a pessoa é atraída por duas metas, e deve abandonar uma para optar pela outra. Esse tipo de conflito mais fácil de resolver, porque na maioria das vezes eles resultam em alguma coisa agradável.
Evitação – Evitação; quando nos aproximamos de algo que não terá um resultado agradável a tendência de evita-lo é maior, esses conflitos tendem a serem mais difíceis de resolver, porque os resultados são desagradáveis, chegando ao ponto de evitar o conflito em sua totalidade.
Aproximação – Evitação; uma opção doce-amarga, para se ter o que deseja, terá que assumir a parte desagradável.
Conflito duplo aproximação – evitação; envolvem duas metas, contendo pontos positivos e negativos. Um conflito que gera desconforto, a pessoa muitas vezes fica oscilando entre a decisão.
O apoio de um mediador que funciona como um agente de transformação social, ou seja, alguém que se apresenta como um “instrumento” capaz de proporcionar às partes a oportunidade de adquirir uma nova cultura de solução de conflitos. Pode levar a visão de um conflito como um desafio a ser vencido, a ser enfrentado.
A finalidade é sempre buscar acordos entre pessoas que no contexto atual seria improvável.
Os maiores conflitos ocorrem em relações de continuidade, e um dos maiores vilões desses conflitos é a comunicação, por isso a importância de se comunicar de forma efetiva e ampla.
A emoção é o que dá cor, calor e brilho em nossas relações. Sem emoção, nossa vida seria sem “sabor”, sem “cor”.
Outros componentes que afetam as emoções são: intensidade que vivenciamos, ambiente, grau de intimidade, entre outros fatores que produz alteração em nossa vivência afetiva.
Quando nossa ligação com o outro é muito estreita, pode ocorrer uma confusão emocional e afetar sua percepção da situação.
O estado de humor é refletido no corpo, face e comportamento.
As emoções são reações momentâneas, desencadeadas por eventos “significativos”. Assim, como no humor, as emoções são representadas através do comportamento, na face, gestos, já que se trata de uma experiência psíquica e somática.
Os sentimentos estão alinhados as sete emoções universais.
Mas o sentimento da paixão assume outra conotação, ele atua como um protagonista quando vivenciado, ele ocupa grande parte da atividade psíquica do indivíduo, determina o direcionamento da sua atenção / interesse e camufla o que não possui ligação com o desejo.
Sem a competência da inteligência emocional, nesse ambiente interno reside o conflito da pessoa entre a razão e emoção, onde a emoção ganha o rótulo da cegueira, como se a tomada de decisão estivesse totalmente voltado para o cérebro emocional.
É fundamental para um bom relacionamento em sociedade a identificação das sete emoções universais, você terá a oportunidade de ampliar a visão de si e do outro.
Identificar seus próprios limites emocionais, reforçar seu contorno individual para obter uma maior controle de comportamento frente as situações do dia a dia.
Quando o desprezo é direcionado para algum tipo de situação, ele funciona como algo punitivo por ações / situações não aceitáveis, ele serve como um juiz para pautar o erro e promover a condenação “moral”.
Na maioria dos casos, o desprezo é direcionado a pessoa como um todo e não a uma ação isolada que ela pratica. Em muitas situações é difícil essa separação do homem e da ação, despreza o sujeito como um todo.
Mas reconhecer a emoção em si, me auxilia no questionamento se meu desprezo é pelo outro, pela situação, se é equivocada ou incoerente.
Ao desprezarmos algo, não estamos inclinados para a coisa ou nos afastamos dela; em vez disso, deixamos de prestar atenção. Podemos considerar como “desprezo passivo”. Pode parecer que o desprezo passivo deva ser considerado simplesmente uma falta de interesse no alvo.
O desprezo ativo já aciona uma ação, seja não verbal ou até mesmo em última instância de forma verbal- como assédios, ironias, etc. A forma ativa do desprezo pode incluir boicotes, rejeição, esquiva, humilhação entre tantas ações para concretizar o seu baixo valor.
E na face?
“Suspeito que vemos um traço dessa mesma expressão no que é chamado de sorriso zombeteiro ou sarcástico. Os lábios são então mantidos unidos ou quase unidos, mas um canto da boca é retraído lateralmente em direção à pessoa ridicularizada; e esse recuo do canto é parte de um verdadeiro escárnio”.
Charles Darwin
Com base nas observações de Paul Ekman, o desprezo é uma emoção universal. O termo “emoção universal” é usado para referir-se a emoção que se presume ter uma base biológica.
O conflito é inerente a qualquer relação humana, seja qual for à relação, haverá conflito.
A palavra conflito em chinês é composta por dois símbolos;
– Perigo
– Oportunidade
O conflito é simplesmente a condição na qual os interesses das pessoas parecem incompatíveis, enfrentamos essas situações todos os dias durante a vida toda.
Algo que aprendemos a administrar na infância, com nossos modelos no círculo social.
Há quatro tipos de conflito na comunicação – conflitos intrapessoais, conflitos interpessoais, conflitos intragrupais e conflitos intergrupais;
Intrapessoal – O conflito que está acontecendo dentro de um indivíduo é o conflito intrapessoal. Este tipo de conflito ocorre quando há uma inconsistência em nossas ideias, atitudes, emoções ou valores.
Interpessoal – É o conflito que ocorre entre os indivíduos – amigos, membros da família, casais ou até mesmo estranhos. Estes tipos de conflitos ocorrem geralmente quando as pessoas se comunicam diretamente uns com os outros.
Intragrupo – O conflito que ocorre dentro de um pequeno grupo de pessoas é intragrupo Estes conflitos podem envolver membros de uma família ou equipe de trabalho e, geralmente, resultam de diferenças individuais que acabam afetando todo o grupo.
Intergrupo – O intergrupal ocorre entre os diferentes grupos. Um exemplo é a briga que ocorreu entre os Montecchios e os Capuletos na peça de Shakespeare “Romeu e Julieta”. Quando o conflito é tão grande muitas vezes pode continuar por muitos anos e é extremamente complicado de resolver.
Muitas pessoas confundem o conflito com briga, mas ao reconhecer que o conflito é simplesmente uma condição na qual os interesses das pessoas são incompatíveis, brigar se torna apenas uma forma de lidar com esse conflito. Temos escolhas de como lidar com esses conflitos.
Evitar o conflito já é sinal de que algo não anda bem. Se o indivíduo camufla um conflito, os próximos que surgirem terão proporções maiores, uma situação que seria fácil de ser administrada se torna mais difícil de lidar e haverá permeando naquela situação conflitos anteriores, que não ficará claro para as outras determinadas reações / situações.
Porque “administramos” e não “resolvemos” os conflitos?
Porque conflitos interpessoais na maioria das vezes estão ligados aos valores de cada um, dificilmente um adulto mudará o seu valor pessoal.
Vivemos em uma sociedade, integrados, mas em diferentes grupos sociais, e é nessa interação com pessoas diferentes que surgem os conflitos.
Os conflitos devem ser encarados como um elemento vital à mudança. Eles são uma realidade e podem ser úteis em diferentes instâncias, porque impedem a estagnação e estimulam o surgimento de ideias e estratégias.
A partir desse ponto de vista, o conflito gera condições de crescimento e transformação, pois observo o o que o outro sente, pensa, deseja, sofre etc., como eu, mas diferente do meu olhar. Então eu posso rever as minhas posições e praticar possíveis reparações, negociar acordos, tomar decisões mais pontuais, etc.
O conflito está ligado as emoções, por isso podemos observar algumas dificuldades em administrar situações, relações e equipes. Reconhecer as emoções, identificá-las pode auxiliar no controle de comportamento, assim, o desfecho será mais assertivo.