Estilos Afetivos

O estilo afetivo de uma pessoa indica diretamente com ela fará o enfrentamento emocional de uma situação.

Decodificar nossas emoções refletem a inteligência emocional. Diante de um contexto diferenciado, cada indivíduo emite sua resposta emocional, considerando sua vivência, como internalizou determinada situação, se há um gatilho específico para o contexto.

Segundo Davidson e Begley (2012), classificam 6 estilos emocionais;

  1. Estilo de resiliência – indica o quão rápido ou lento o indivíduo se recupera da situação.
  2. Estilo panorâmico –  ele indica quanto tempo o afeto positivo persiste ao enxergar a situação como positiva ou negativa.
  3. Estilo de intuição social – o quanto o indivíduo interpreta os sinais emocionais não verbais do outro.
  4. Estilo de autoconsciência – o quanto a pessoa identifica os sinais emocionais de seu corpo.
  5. Estilo de contexto – classifica a sensibilidade ao contexto, como ela maneja sua resposta emocional, algumas pessoas tem mais facilidade que outras diante de determinado contexto.
  6. Estilo de atenção – indivíduos focados na tarefa e resistente aos estímulos emocionais do ambiente.

O autoconhecimento produz essa noção mais assertiva do EU, identificar suas emoções e como você faz esse enfrentamento emocional te garante mais propriedade na tomada de decisão.

Identificar as emoções do outro te garante uma mudança de rota se assim for necessário, estabelecer limites mais claros, ser assertivo no acolhimento e proporciona uma maior empatia.

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Entrevista comportamental no Recrutamento e Seleção

Recursos humanos análise comportamental

Com as diversas ferramentas de análise de comportamento, a área de recrutamento e  seleção cada vez mais é cobrado por sua assertividade e a retenção desse profissional, a análise comportamental no recrutamento e seleção é um caminho eficaz, uma entrevista comportamental amplia sua atuação.

A contratação nos dias atuais está muito além das competências relacionadas a vaga propriamente dita, as competências emocionais estão em franca ascensão e cada vez mais requisitadas, porque gera um resultado direto em equipes e empresa.

Como essa habilidade amplia a atuação?

  • A inteligência emocional está vinculada diretamente a produtividade do colaborador. Pesquisas recentes já apontam para a importância do ambiente no processo de educação e corporativo.
  • Ambientes considerados desfavoráveis implicam no desempenho do colaborador, em casos mais extremos como de assédio moral, desencadeando problemas de saúde e afastamento.
  • A análise de comportamento é algo dinâmico, deve ser observado no momento da entrevista para que esse processo seja mais assertivo, mapear esse perfil, alinhar a vaga a esse perfil, observando prós e contras dessa contratação.

Já na retenção de talentos, essa observação deve ser contínua, considerando que o ser humano é mutável, observar as evoluções, dificuldades pontuais e mais abrangentes se faz necessário.

A análise comportamental é fundamental para que esses processos sejam assertivos, ele fornece pistas comportamentais importantes a ser exploradas. A entrevista comportamental te auxilia nessa exploração.

Alguns pontos a serem observados;

  • Linguagem corporal: Observe a postura, gestos e expressões faciais dos candidatos. Uma postura ereta e gestos confiantes podem indicar autoconfiança e assertividade. Expressões faciais podem revelar emoções e níveis de conforto.
  • Contato visual: O contato visual direto e consistente pode indicar confiança e interesse. Por outro lado, evitar o contato visual pode sugerir falta de confiança ou desinteresse.
  • Expressões faciais: Observe as expressões faciais dos candidatos pode fornecer pistas sobre como eles estão reagindo às perguntas ou situações.
  • Tom de voz: Preste atenção ao tom de voz dos candidatos. Um tom de voz confiante e claro pode transmitir segurança e habilidades de comunicação. Um tom de voz monótono ou hesitante pode sugerir falta de confiança ou nervosismo.

Considerando sempre que a comunicação não verbal pode ser interpretada de maneiras diferentes, e é necessário considerar o contexto cultural e individual ao analisar esses sinais.

Além disso, é recomendável utilizar a comunicação não verbal como um complemento para as informações obtidas por meio das habilidades e experiências dos candidatos, e não como um fator decisivo isolado.

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TRANSTORNO DE CONDUTA

A agressividade só é considerada disfuncional quando a criança não consegue controlar ou não está adequado a situação em si.

 

Em algumas situações o comportamento agressivo pode ser visto como uma defesa- sobrevivência, logo, ele cabe dentro do contexto.

 

A agressividade disfuncional se trata de uma conduta que produz impacto negativo, seja para o agressor ou socialmente, prejudica a qualidade da interação e adaptação ao ambiente.

 

O que considerar? A “intenção” que causar dano ao alvo.

 

Esse comportamento pode ser considerado Proativo ou Reativo.

 

O proativo é uma agressão deliberada, visa atingir um alvo específico, são comportamentos frios, calculados, etc. Quando a criança percebe que eficácia desse comportamento, ele tende a se repetir, isso reproduz o comportamento na vida adulta. No meio corporativo observamos colaboradores com ausência de preocupação com o colega e estão mais preocupados com o “status social” do que com relações.

 

Já o reativo é a resposta impulsiva diante de uma provocação. Está ligado as reações fisiológicas e frustração. São oriundos de experiências sociais de âmbito negativo, buscam o viés de confirmação da rejeição e acabam se vitimizando.

 

No meio corporativo o colaborador se sente “perseguido” pelo líder, pelos colegas e suas relações fica condicionadas ao ambiente, que na maioria dos casos para ele é hostil. A vitimização acompanha o profissional no seu dia a dia.

 

Na infância os sinais estão presentes, como a criança lida com a emoção que se apresenta, na vida adulta, com mais recursos, ela consegue manejar mais as situações a seu favor, mas “a criança” em momentos de alto estresse tende a aparecer nas respostas ao ambiente.

 

No caso de Eric Smith, diagnosticado  com Transtorno Explosivo Intermitente apresentava dificuldades de lidar com a raiva e o desejo de direcionar essa emoção intensa.

 

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Transtorno da personalidade Narcisista

Segundo o DSM-5, os Transtornos de Personalidade podem ser agrupados em três grandes subgrupos:

a) padrão: esquisitos e/ou desconfiados;
b) padrão: instáveis e/ou manipuladores e/ou centro das atenções; e
c) padrão: ansiosos e/ou controlados-controladores.

No Transtorno de Personalidade narcisista que pertence ao grupo B, podemos observar um padrão de comportamento no qual predominam a necessidade de admiração, grandiosidade e a falta de empatia.

Segundo o DSM5 deve ter pelo menos cinco dos aspectos abaixo:

  1. O indivíduo apresenta senso grandioso da própria importância. Julga ter talentos especiais e espera ser reconhecido como superior sem que tenha feito algo concreto para isso.
  2. É muito voltado para fantasias de grande sucesso pessoal, de poder ou de um amor ideal.
  3. Acha-se excepcionalmente “especial” e “único”.
  4. Busca admiração excessiva
  5. Apresenta expectativas irracionais de tratamento especial, sentimentos de ter “direitos”.
  6. Tende a ser “explorador” nas relações interpessoais, buscando vantagens sobre os outros para atingir seu fim ou sucesso pessoal.
  7. Sem empatia, reluta em reconhecer os sentimentos e as necessidades das pessoas.
  8. Frequentemente invejoso dos outros ou do sucesso alheio; acha sempre que os outros têm inveja dele.
  9. É frequentemente arrogante nos seus comportamentos e atitudes.

 

** Obs.: Não está na CID-11 como Transtorno de Personalidade**

 

Vale a pena conferir o relato de uma vítima do relacionamento com um narcisista

https://www.youtube.com/watch?v=-0cyYW2wy_o&t=22s

Transtorno de Personalidade Borderline- TPB

O Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) implica um forte impacto sobre a vida pessoal e social dos indivíduos acometidos, assim como na de seus familiares e pessoas próximas.

Há uma importante instabilidade nas relações pessoais, na autoimagem, na vida afetiva e emocional, na identidade pessoal e social, assim como um padrão de impulsividade em diferentes contextos da vida, geralmente com consequências significativas.

Segundo Lam Mak (2013), na área cognitiva apresentam distorções como tendência a tomar decisões de risco, processamento de resposta falho, tendência a chegar a conclusões inadequadas e impulsivamente e estilo cognitivo paranoide. Há alterações na cognição social, como inferências errôneas em situações sociais, déficit de empatia social, reconhecimento facial pobre e reconhecimento de emoções faciais prejudicado.

Cerca de 30% das pessoas com TPB apresentam alucinações, principalmente auditivas. Ocorrem também alucinações visuais em cerca de 10% das pessoas com o transtorno.

Segundo o DSM-5 são necessárias pelo menos cinco das seguintes características para o diagnóstico de TPB;

  1. Esforços excessivos e desesperados para evitar abandono.
  2. Relacionamentos pessoais intensos; mas muito instáveis, oscilando em períodos de idealização de uma grande “paixão” ou “amizade-adoração” para outros de desvalorização, “ódio” e “rancor” profundos.
  3. Perturbação da identidade: dificuldades graves e instabilidade com relação à autoimagem, aos objetivos e às preferências pessoais.
  4. Impulsividade em pelo menos duas áreas autodestrutivas (p. ex., gastos exagerados, sexo com desconhecidos, uso de substâncias, compulsão alimentar, dirigir de forma perigosa/irresponsável).
  5. Atos repetitivos de autolesão; comportamentos, gestos e atos suicidas repetitivos ou comportamentos de automutilação.
  6. Instabilidade emocional intensa; irritabilidade ou ansiedade intensas, de poucas horas, raramente de dias, disforias episódicas.
  7. Sentimentos crônicos de vazio; sentimentos depressivos.
  8. Raiva intensa e inapropriada e/ou muita dificuldade em controlá-la

**Podem ocorrer ideias de perseguição, de que se está sendo traído, perseguido, ameaçado, e/ou sintomas ou episódios dissociativos intensos, decorrentes de estresses, de situações pessoais difíceis **.

 

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Cutting

Nossa vida em sociedade está ligada a encontros. Trocamos emoções, opiniões, críticas o tempo todo com as pessoas que nos cercam, mas quando estamos diante de pessoas que praticam o cutting geralmente nos deparamos com indivíduo que fogem desses encontros.

 

A automutilação é a forma encontrada para “gritar”, “comunicar”, “aliviar dor e sofrimento” de forma silenciosa e “escondida”. Apesar desse ato representar um momento de escassez de palavras e ausência de escuta, o cutting representa que há algo em excesso ali, desencadeando esse comportamento.

 

A pessoa se corta para reduzir e aliviar o sofrimento e dor psíquica, ao se cortar é liberado endorfina pelo corpo para o alívio provocado pelo corte e, a pessoa sente alívio em sua dor emocional, assim, associa o cutting a um alívio do seu sofrimento.

 

Torna-se um ciclo vicioso que pode perdurar por anos. O atendimento deve ser multiprofissional para atender o indivíduo em todas as suas demandas.

 

Segundo Menininger (1934) a automutilação pode decorrer de sentimento de culpa, autoerotismo (prazer obtido através da dor) ou a necessidade de expiação, uma forma de compensar comportamento e pensamentos de conteúdos agressivos e sexuais.

 

Em uma visão da psicanálise a automutilação está ligada a castração.

 

Como é o perfil da pessoa que pratica o cutting? Em sua maioria são indivíduos superficiais socialmente, mantém distanciamento, são retraídos, introspectivos e não concedem acesso a sua intimidade. São instáveis e deprimidos, mas pode demonstrar alegria e descontração como uma máscara social, mas sem promover grande intimidade nessas relações. São resistentes ao contato físico, principalmente ao toque e dificilmente pedem ajuda.

 

Dentre os comportamentos de automutilação, o mais frequente é o corte, um ato silencioso!

 

Geralmente esses cortes são feitos de forma a não ficar visível, mas a face pode ser detectada, diante de uma tristeza ou raiva intensa.

 

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INFÂNCIA – emoções e personalidade

Estamos em contato com as nossas emoções o tempo todo. Percebemos a todo momento as nossas emoções? E a do outro?

 

Nossa face e linguagem corporal emitem pistas do nosso estado emocional. Reconhecer esses sinais é fundamental nas relações interpessoais.

 

O nosso estado interno reflete no externo sem nenhum controle racional, há um vazamento da verdadeira emoção.

 

Através dessa percepção podemos escolher entre nos aproximar, afastar, acolher, limitar, entre tantos outros comportamentos que são ativados nessa interação, quando traduzimos o que a comunicação não verbal do outro nos diz.

 

As crianças aprendem essas respostas emocionais no círculo que está inserida, como uma imitação de conduta. Se o ambiente em que está inserida é constatado um déficit emocional, se está desamparada emocionalmente ela pode apresentar dificuldade de captar e expressar suas emoções.

 

Desde o nascimento a criança já diferencia estímulos agradáveis e desagradáveis e ativa o comportamento necessário diante desses gatilhos. Essa resposta ocorre como uma orquestra do indivíduo, seu corpo, sua face, paralinguagem e comportamento se alinham para lidar com a situação.

 

Por isso é importante na infância nomear a emoção, a criança assimila e identifica como se sente e aprende os manejos para lidar com isso. Uma criança negligenciada na infância sofre muitos danos de desenvolvimento, mas uma criança completamente atendida de forma sufocante também apresenta alguns danos.

 

A percepção do ambiente, do outro, do todo faz a diferença em qualquer interação. A mãe que sorri para o seu bebê sem falar nada emite a ele a mensagem positiva da interação.

 

Uma mãe apática gera danos na relação com o bebê, são comportamentos do dia a dia que enriquecem essa interação e refletem diretamente na vida adulta. O feedback facial é um importante canal de comunicação entre mãe e bebê.

 

Segundo Winnicott, ele traz o termo “mãe suficientemente boa”, para retratar a mãe que exerce em sua relação com o filho qualidades como: apoio, proteção e aceitação. Nos primeiros meses de vida a figura materna tem três funções dentro desse contexto:

 

  • Handling: manejo
  • Apresentação dos objetos
  • Holding: manter, segurar, conter, resistir. É uma das funções que colabora para a edificação da personalidade, que interfere em todas as relações que o indivíduo terá ao longo da vida e com o meio.

 

O olhar é uma das ações mais importantes nesse processo de holding, o bebê ainda está na relação que a ” mãe se faz de espelho”. Um olhar cuidadoso, que está atento ficará marcado na criança como um símbolo de importância e confiança no outro.

 

Como as expressões faciais são importantes desde o início da vida, nas primeiras relações. Quando o bebê ainda não tem a capacidade de elaborar, mas consegue através do olhar se sentir seguro.

 

 

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FOBIA- o medo intenso e constante

O medo faz parte da natureza humana, quando intenso e constante torna-se uma fobia. Se não tratado pode desencadear um comprometimento do indivíduo em seu meio social.

 

Há fobias que são decorrentes de traumas, após vivenciar um evento negativo fica registrado uma memória afetiva a respeito.

 

Seja qual for sua origem ela afeta o fisiológico e emocional, gera grande sofrimento e não deve ser negligenciada, principalmente na infância – ela pode acompanhar na vida adulta e causar grandes estragos emocionais.

A emoção base de qualquer fobia é o medo, por isso a importância de identificar as emoções, ao perceber o medo diante de algo específico que não apresenta um perigo real podemos intervir a tempo para que não se torne patológico.

 

Algumas fobias:

  • Eisoptrofia:  medo de ver sua imagem no espelho.
  • Ornitofobia: medo de pássaros.
  • Sitofobia: medo de se alimentar.
  • Hiponofobia: medo do sono.
  • Fonofobia: medo de sons.
  • Ablutofobia: medo de se limpar.
  • Caetofobia: medo de mexer em cabelo.
  • Heleofobia: medo do sol / claridade.
  • Gamofobia: medo de casar / assistis casamentos.
  • Ciberfobia: medo de tecnologia.
  • Ergofobia: medo de sair de casa para trabalhar.
  • Astrafobia: medo de trovões e relâmpagos.
  • Claustrofobia: medo de lugares apertados.
  • Brontofobia: medo de tempestades.
  • Autofobia: medo de ficar sozinho.
  • Demofobia: medo de multidões.
  • Aracnofobia: medo de aranhas.
  • Criofobia: medo de gelo ou frio.
  • Hemofobia: medo de sangue.
  • Nefofobia: medo de nevoeiro.
  • Pluviofobia: medo de chuva.
  • Ofidiofobia: medo de cobras.
  • Zoofobia: medo de animais.
  • Acrofobia: medo de altura.
  • Hidrofobia: medo da água.
  • Nictofobia: medo da noite.
  • Aerofobia: medo de voar.
  • Amaxofobia: medo de dirigir.
  • Tripofobia: medo de padrões geométricos.
  • Odontofobia : medo de ir ao dentista.
  • Bacteriofobia: medo de bactérias.
  • Basofobia ou basifobia: medo de andar ou cair.
  • Grafofobia: medo de escrever ou de escrever a mão.
  • Panofobia: medo de tudo.
  • Quiraptofobia: medo de ser tocado.

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A COMUNICAÇÃO NÃO VERBAL NAS INTERAÇÕES

Quando estamos interagindo com o outro enviamos muitas informações não verbais, recebemos do ambiente que estamos inseridos o mesmo. No primeiro contato com o outro temos muitos elementos para observar, que nos traz muito do outro.

 

Podemos observar olhares, tom de voz, micro expressões, gestos, posturas, prôxemica, etc. em um primeiro contato, que chamamos de primeira impressão, que no decorrer da interação vai se lapidando, amadurecendo a nossa visão a respeito do outro.

 

Como a pessoa se comporta, como se apresenta pode refletir muito sobre seu estado interno.

 

A comunicação não verbal nos dá dados mais reais e efetivos em uma análise do que o conteúdo verbal. A comunicação nas duas esferas, verbal ou não verbal podem ocorrer de forma alinhada ou não, aí está o foco da análise.

 

Utilizamos no processo de comunicação expressões faciais, paralinguagem, gestos, posturas e até mesmo como ocupamos o espaço é uma forma de comunicação. Podemos indicar ao outro como estamos vivenciando aquele momento sem dizer uma só palavra, porque dentro do silêncio pode ocorrer uma grande comunicação.

 

A comunicação não verbal é uma comunicação “pura” e independe do verbal ou de habilidades cognitivas. São informações valiosas, um motor potente em nossas relações.

 

Segundo Knapp; Hall (1999), a comunicação verbal ocupa aproximadamente 35% da comunicação em uma interação, logo, sua comunicação verbal e não verbal se não estiverem fluindo de forma conjugada enfraquece a sua mensagem.

 

Os movimentos expressivos do rosto e do corpo, qualquer que seja sua origem,

são por si mesmos muito importantes para o nosso bem-estar. Eles são o

primeiro meio de comunicação entre a mãe e seu bebê: sorrindo, ela encoraja

seu filho quando está no bom caminho; se não, ela franze o semblante em sinal

de desaprovação. Nós facilmente percebemos simpatia nos outros por sua

expressão; nossos sofrimentos são assim mitigados, e os prazeres, aumentados,

o que reforça um sentimento mútuo positivo. Os movimentos expressivos

conferem vivacidade e energia às nossas palavras. Eles revelam os pensamentos

e as intenções alheias melhor do que as palavras, que podem ser falsas.

Charles Darwin

 

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O ESTUDO DAS EMOÇÕES NA FACE

Paul Ekman

A face de fato, é a parte do corpo mais visível no contato social, apesar de nas culturas muçulmanas as mulheres ocultarem a face quando saem à rua. É a face humana um importante canal de comunicação entre as pessoas! Para Paul Ekman, a face é o primeiro sistema de comunicação entre as pessoas.

Segundo Charles Darwin, ” as expressões faciais não são exclusivas da espécie humana“.

 

O primeiro sistema para medição da atividade muscular (FACS) de diversas expressões faciais, que nos permite identificar 44 unidades de ação,  denominado como AU’s.

 

Da face humana operam e se apresentam em duas áreas:

  • Face Superior – testa, sobrancelha e olhos;
  • Face Inferior – nariz, boca e queixo.

 

Nossa comunicação ocorre de forma não verbal e devemos estar atentos, as emoções contagiam, geram consequências, podemos mensurar as perdas e ganhos em nossas relações causadas pelas emoções. Nossas emoções podem gerar sensações no outro, por exemplo, ao franzir a testa pode ser percebido pelo outro como uma preocupação.

 

A emoção (ação) gera a mesma emoção (reação)– ocorre um contágio, a emoção se espalha. Na sinalização da emoção você contamina o outro, esse é um mecanismo poderoso nas relações humanas. É considerado um contágio secundário porque foi provocado pelo outro, ele ocorre automaticamente em alta velocidade.

 

Quando a emoção parte de si mesmo é considerada primária, a emoção secundária se origina do contágio percebemos e reagimos ao que o outro está sentindo. Essas emoções sejam de forma primária ou secundária se misturam o tempo todo, ela gerencia a nossa vida social.

 

Uma pessoa muito sensível tende a se contaminar com maior facilidade, isso se reflete na face, corpo e comportamento. Por exemplo, ao se deparar com uma situação que evoque enorme tristeza, nossos músculos faciais refletem essa emoção, o que chamamos de imitação reflexiva.

 

…”Quando preciso descobrir se uma pessoa é boa ou má, ou o que ela está pensando em determinado momento, imito em meu rosto, com a maior precisão possível, a expressão facial dela e espero para ver que pensamentos e sentimentos surgem em minha mente ou em meu coração…”

Edgar Allan Poe

 

 

Nosso corpo espelha as emoções, ele expressa até mesmo aquilo que não temos a consciência total. A nossa comunicação ocorre de forma racional e emocional; verbal, expressões, gestos, olhares, etc. Mesmo durante o silêncio em alguns momentos, a comunicação é contínua.

 

O corpo pode ser comparado a uma marionete do nosso cérebro. Ele promove esse encontro com o outro na interação.

 

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