O LÍDER TÓXICO

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Quando uma equipe é liderada por um gestor obsessivo compulsivo isso pode ser mascarado com um líder que busca o perfeccionismo em seu ápice.

 

Esse tipo de líder busca um controle total, mesmo delegando funções, negociações e tomada de decisão ao liderado. Para ele sempre faltará algo, são buscas inalcançáveis, controle milimétrico de cada passo de sua equipe.

 

Qualquer coisa que fuja desse “controle”, qualquer elemento surpresa, para ele gera desconforto e estresse. Em cargos de liderança eles causam terror em sua equipe com essa cobrança extrema.

 

Na outra ponta, o colaborador com esse perfil tóxico, tende a ser visto em um primeiro momento como um ótimo agregador na equipe, aquele funcionário que cumpre metas, não se atrasa, mas com o passar do tempo, observa-se que ele se perde em meio as prioridades.

 

Alguns comportamentos são comuns nesse perfil tóxico:

  1. Se algo não está de acordo com as suas expectativas a crítica e acusação logo surgem. O que causa no outro uma insegurança que compromete suas ações por medo de errar.
  2. Como tem a crença que o outro não conseguirá executar o que se deve, ele assume o controle, tem dificuldades de delegar por completo, o que gera raiva, frustração e ressentimento no outro. Muitos assumem a auto exigência diante do outro, com uma cobrança interna que é desgastante.
  3. São pessoas que bloqueiam a emoção, para que não perca o controle. Valorizam muito a racionalidade.

 

Esse tipo de abusador não se encontra apenas nas corporações, mas nas relações pessoais também causam danos profundos em seus parceiros. No início da relação são vistos como “bom partido“, já que se mostram leais, compromissados e com uma responsabilidade ímpar. Mas isso, no decorrer do tempo sufoca, porque esse controle chega a um limite insuportável, com características doentias. Exercem um grande domínio acompanhado de duras críticas.

 

Confira nossa programação, acesse o cronograma e venha aprenda a identificar perfis tóxicos.

 

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O SUPEREGO e as emoções

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É o terceiro sistema a se desenvolver. Representa os valores internos. Ele se forma na infância através de recompensas e punições. Se trata da força moral da personalidade.

 

O Superego representa mais o ideal do que o real, ele busca se alinhar, sua principal demanda está ligada ao que é certo ou errado, como um árbitro moral, para executar uma ação.

 

Ele trabalha com dois subsistemas- punição e recompensa:

  • Punição: o que é impróprio, causa punição  e é incorporado na consciência.
  • Ideal de ego: o que é aprovado, ligado a recompensa e essa incorporação é chamada de introjeção, onde a criança introjeta os valores morais.

 

Quais são as principais funções do Superego?

  1. Inibir os impulsos do Id.
  2. Persuadir o ego a substituir ações realistas por ações moralistas.
  3. Buscar a perfeição.

 

O ego ele adia a satisfação do id, enquanto o superego, se aquilo for contrário a seus valores deseja bloquear definitivamente.

 

O Superego está ligado diretamente ao sentimento de culpa através da punição na formação de valores, onde é incorporado na consciência que aquilo é errado. Então, o superego deve a todo momento alinhar o reconhecimento das emoções, desejos, necessidades e ações aos valores morais, ele é o responsável pela raiva pré-ataque não se transformar em um ataque de fato.

 

Todas as instâncias estão intimamente ligadas a como expressamos nossas emoções, seja na busca de uma satisfação, na busca de um comportamento adequado para sanar a necessidade ou até mesmo o bloqueio de uma ação impulsionada por uma emoção.

 

As três instâncias trabalham juntas:

  1. Id é o componente biológico
  2. Ego é o componente psicológico
  3. Superego é o componente social.

 

 

 

 

 

 

ID e o papel das emoções

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A personalidade é constituída por três grandes sistemas: id, ego e o Superego. Cada sistema é um, mas se relacionam de forma estreita e o comportamento é quase sempre o resultado dessa interação. É muito difícil que um sistema opere sozinho e exclua os outros dois.

 

O ID é o sistema original, é dele que se origina o Ego e o Superego. É nele que se encontra toda a energia psíquica que também é direcionada para os outros dois sistemas. Segundo Freud (1966) ele chamou o Id de ” a verdadeira realidade psíquica“.

 

O Id não tolera alta carga de tensão, ele busca descarregar essa tensão para que o organismo volte a um estado confortável. Isso é feito pelo Princípio do Prazer. O Id busca evitar a dor e a busca do prazer, para isso, ele utiliza de dois processos;

 

  1. Ações reflexas: que se trata de reações inatas e automáticas para reduzir a tensão, como espirrar, tossir, etc.
  2. Processo primário:  já é um processo um pouco mais complexo, porque forma uma imagem/objeto para diminuir a tensão, essa experiência é chamada de realização de desejo.

 

Como o comportamento é resultado dessa interação, quando o id está com uma tensão intensa,  o instinto possui uma fonte somática o desejo/necessidade vai motivar o comportamento. Esse instinto vai impulsionar o comportamento e a direção da ação.

 

Os instintos internos fazem mais exigências que o instintos externos, então a carga emocional está vinculada ao Id, em relação a sua intensidade e fonte de energia psíquica.

 

As emoções são influenciadas pelos instintos de vida e morte? Nossas emoções estão presentes em nossas relações do dia a dia, na interação. A dinâmica da personalidade em relação ao deslocamento da energia psíquica é fundamental para esse controle da tensão do Id. A energia se desloca diante de novas necessidades, novas situações, onde o foco muda de objeto.

 

 

Podemos concluir que o processo primário por si só não consegue reduzir a tensão então, é desenvolvido um novo processo psicológico- secundário.

 

Começa a se formar o segundo sistema; EGO.

O papel das emoções na investigação

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Diante de uma situação de estresse o indivíduo tende a aflorar os instintos e isso reflete diretamente no comportamento. Os instintos sempre deixam vestígios, sinais que pode ser detectado na face, corpo e paralinguagem.

 

Segundo Navarro (2008), o comportamento sempre emite uma informação, ela revela o verdadeiro estado emocional da pessoa.

 

No contexto de uma entrevista/interrogatório estabelecer um rapport cria uma ambiente favorável para a coleta de informações.

 

Na maioria dessas ocasiões o que se busca é verificar a veracidade do discurso. Algumas mentiras são inseridas em nosso dia a dia como “convenções sociais”, para que a pessoa se relacione melhor com o meio.

 

Mas há mentiras que são intencionais e pode ocorrer através da omissão, geralmente proporciona mais segurança ao mentiroso, é uma mentira menos trabalhada, requer menor esforço. E há mentiras que são fabricadas, essa exige do mentiroso uma maior articulação verbal e ele corre mais risco de ser pego.

 

A demanda fisiológica está no Sistema Nervoso Autônomo, então, nossas respostas fisiológicas surge diante de uma ameaça, como por exemplo, a resposta “fight or flight”onde o corpo se prepara para a luta ou fuga.

 

Segundo Navarro; Karlins (2008), o primeiro comportamento de defesa diante de uma ameaça é a síndrome de “freeze/hide”, quando o indivíduo fica paralisado, entre os animais, podemos constatar que alguns se fingem de morto para escapar do seu predador.

 

Já no corpo humano podemos notar algumas reações como prender a respiração, exposição física diminuída, efeito tartaruga, etc. Durante interrogatórios/entrevistas comportamentos definidos como “flight” ocorrem com frequência diante de um estresse, ações de bloqueio como coçar/fechar os olhos, cobrir a face com a mãe, postura de esquiva, barreiras físicas, etc.

 

Esses comportamentos não apresenta isoladamente um indício de mentira, mas indicam um desconforto e uma ação de distanciamento. Podemos inserir também gestos pacificadores/adaptadores, que tem a função de acalmar, confortar o próprio indivíduo em momentos difíceis.

 

Para dar escape ao instinto de lutar, fugir ou esconder-se o indivíduo fica em meio a um conflito, e em meio a esse conflito é que as pistas não verbais estão visíveis com uma maior intensidade.

 

A face é o maior canal de comunicação, segundo Ekman e Friesen (2003), há quatro tipo de vazamento de mentira : morfologia da face, tempo da expressão, localização da expressão e a micro expressão facial (deve-se considerar o contexto pelo entrevistador).

 

As emoções pode funcionar como um impulso ou bloqueio em uma investigação. Ela pode se levantar como uma barreira intransponível se o investigador não tiver a percepção do que ocorre com quem está a sua frente. Como citado no livro a Arte da Guerra:

“Quando cercar o inimigo, deixe uma saída para ele, caso contrário, ele lutará até a morte.”

 

Identificar as emoções na face é uma competência que pode ser desenvolvida e utilizada de forma responsável e ética.

 

 

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A INDIVIDUALIDADE DENTRO DA EQUIPE

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Ao  pertencer a uma equipe, com sentimento de ser aceito, ele satisfará a necessidades individuais de aceitação, afeto, auto realização.

Podemos encontrar dois tipos de equipes:

  • Com objetivos comuns, habilidades diferenciadas, uma coordenação, um plano de trabalho, uma equipe bastante singular. Há certa flexibilidade neste tipo de equipe. Um exemplo é time de futebol.

 

  • Há objetivo comum, mas é uma equipe mais rígida, um não poderá substituir o trabalho do outro. Sem a coordenação o trabalho também não poderá ser executado, pois ele sempre determina o funcionamento da equipe. Ex: Orquestra sinfônica

 

A equipe também funciona como um espaço psicológico para compartilhar emoções – e é compreensível que as pessoas adotem comportamentos coletivos diferentes do que seria se agisse individualmente.

 

Há uma mudança de comportamento quando se passa a trabalhar em equipe, difere muito de um trabalho realizado de forma individual.

O que pode causar uma equipe disfuncional?

 

  • Escolha das pessoas – não levam em consideração as características de personalidade de cada um. Os membros devem ter alguma afinidade para desenvolver o vínculo emocional.

 

  • Metas mal determinadas – para que os membros não se percam em detalhes.

 

  • Quantidade de projetos – não calcular os recursos necessários e tempo de execução. (estresse reduz a criatividade).

 

  • Falta de direção – compromete a existência da equipe, como o excesso de união representa um mecanismo de defesa.

 

  • Prolongar a tomada de decisão – aumenta a ansiedade do grupo, reduz a visão e deteriora o ambiente de equipe.

 

Com o tempo, aparece um efeito que chamamos de deslocamento – para a busca por melhorias o foco fica na formalização dos encontros, isso ocorre por falhas que são reforçadas por;

  • Liderança despreparada – sem o perfil para a execução da tarefa.
  • Escolha do participante – sem alinhar o perfil a tarefa proposta e disponibilidade de tempo para execução.
  • Falta de preocupação em fixar missão e atingir objetivos.
  • Supervisão – inadequada ou inexistente.

 

Por isso é tão importante reconhecer que dentro da equipe há um profissional singular, com talentos e aptidões específicas. Da mesma forma, ao estar inserido em uma equipe, suas fragilidades estão inseridas nesse contexto. A resiliência e assertividade nesse ambiente é fundamental para o bom funcionamento.

 

Reconhecer não só aptidões, mas a essência do outro te proporciona uma qualidade de relação muito positiva, te ajudará a administrar melhor de conflitos, delegar com mais assertividades e mais segurança na tomada de decisão.

 

Na outra ponta da linha, está como você se apresenta dentro dessa equipe. A comunicação não verbal ocupa grande parte da nossa comunicação. Qual a mensagem você transmite nesse ambiente? Tem motivado as pessoas.

 

Se você fizer uma análise a teu respeito, tem transmitido realmente o que você é?

 

O verdadeiro trabalho em equipe é um processo contínuo e interativo de um grupo de pessoas aprendendo, crescendo e trabalhando interligadas para alcançar metas e objetivos específicos em uma missão comum.

 

É um desafio trabalhar em equipe, há um aprendizado coletivo, necessidade de uma comunicação aberta, uma prática democrática e a não cristalização de opiniões.

 

 

Como lidar com conflitos?

ibmef conflito

Considerando essas duas competências:

  1. Assertividade – o grau pelo qual você tenta satisfazer seus próprios interesses.
  2. Cooperatividade – é o grau pelo qual você tenta satisfazer a necessidade do outro.

Podemos destacar cinco estilos de como lidar com o conflito;

  • Competindo – Significa ser assertivo e não colaborativo; um estilo orientado ao poder, a pessoa usa meios para impor sua posição, “fazer valer seus direitos”.
  • Concedendo – Significa não assertivo e colaborativo; o oposto de competindo, o indivíduo negligencia seus próprios interesses para satisfazer o outro, há um elemento de auto sacrifício neste estilo.
  • Evitando – Significa não assertivo e não colaborativo; o indivíduo não promove os seus interesses e nem os interesses do outro, simplesmente não enfrenta o conflito.
  • Colaborando – Significa ser assertivo e colaborativo; o oposto de evitando, ele busca uma tentativa de trabalhar com o outro para encontrar uma solução que satisfaça a ambos.
  • Conciliando – Significa um grau intermediário de assertividade e colaboração; encontrar uma solução mutuamente prática e aceitável, que satisfaça parcialmente ambas as partes – um meio termo entre competindo e concedendo.

Todos os cinco estilos são úteis em algumas situações.

Todos são capazes de utilizar os cinco estilos de administrar os conflitos, mas algumas pessoas se saem melhor usando determinado estilo e o emprega mais cotidianamente.

O conflito segundo a psicologia é um estado emocional que surge toda vez que há um obstáculo na satisfação de um desejo. Em alguns momentos o conflito pode ser considerado como uma frustração, eles podem ser externos ou internos.

Eles podem ser categorizados;

  • Aproximação – Aproximação; quando a pessoa é atraída por duas metas, e deve abandonar uma para optar pela outra. Esse tipo de conflito mais fácil de resolver, porque na maioria das vezes eles resultam em alguma coisa agradável.
  • Evitação – Evitação; quando nos aproximamos de algo que não terá um resultado agradável a tendência de evita-lo é maior, esses conflitos tendem a serem mais difíceis de resolver, porque os resultados são desagradáveis, chegando ao ponto de evitar o conflito em sua totalidade.
  • Aproximação – Evitação; uma opção doce-amarga, para se ter o que deseja, terá que assumir a parte desagradável.
  • Conflito duplo aproximação – evitação; envolvem duas metas, contendo pontos positivos e negativos. Um conflito que gera desconforto, a pessoa muitas vezes fica oscilando entre a decisão.

O apoio de um mediador que funciona como um agente de transformação social, ou seja, alguém que se apresenta como um “instrumento” capaz de proporcionar às partes a oportunidade de adquirir uma nova cultura de solução de conflitos. Pode levar a visão de um conflito como um desafio a ser vencido, a ser enfrentado.

A finalidade é sempre buscar acordos entre pessoas que no contexto atual seria improvável.

Os maiores conflitos ocorrem em relações de continuidade, e um dos maiores vilões desses conflitos é a comunicação, por isso a importância de se comunicar de forma efetiva e ampla.

 

O papel das emoções na vida afetiva

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A emoção é o que dá cor, calor e brilho em nossas relações. Sem emoção, nossa vida seria sem “sabor”, sem “cor”.

Outros componentes que afetam as emoções são: intensidade que vivenciamos, ambiente, grau de intimidade, entre outros fatores que produz alteração em nossa vivência afetiva.

Quando nossa ligação com o outro é muito estreita, pode ocorrer uma confusão emocional e afetar sua percepção da situação.

O estado de humor é refletido no corpo, face e comportamento.

As emoções são reações momentâneas, desencadeadas por eventos “significativos”. Assim, como no humor, as emoções são representadas através do comportamento, na face, gestos, já que se trata de uma experiência psíquica e somática.

Os sentimentos estão alinhados as sete emoções universais.

Mas o sentimento da paixão assume outra conotação, ele atua como um protagonista quando vivenciado, ele ocupa grande parte da atividade psíquica do indivíduo, determina o direcionamento da sua atenção / interesse e camufla o que não possui ligação com o desejo.

Sem a competência da inteligência emocional, nesse ambiente interno reside o conflito da pessoa entre a razão e emoção, onde a emoção ganha o rótulo da cegueira, como se a tomada de decisão estivesse totalmente voltado para o cérebro emocional.

É fundamental para um bom relacionamento em sociedade a identificação das sete emoções universais, você terá a oportunidade de ampliar a visão de si e do outro.

Identificar seus próprios limites emocionais, reforçar seu contorno individual para obter uma maior controle de comportamento frente as situações do dia a dia.

Você conhece as sete emoções universais?

https://www.youtube.com/watch?v=22XNmSxrFb4&list=PLLpVuRCCZfvq4LbPxukdGzc8PuWFq2elG&index=6

A MENTIRA NO DIA A DIA

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A mentira é um componente intrínseco das relações interpessoais. Apesar de aceitável e até desejável em algumas situações sociais, e em outras ocasiões ela pode causar consequências negativas.

Pode-se ainda utilizar estas duas modalidades juntas para que a mentira tenha um melhor efeito, porém de acordo com Ekman, o mentiroso prefere ocultar a verdade a mentir porque desta maneira as retificações são jeito mais fáceis e a possibilidade de acusação é menor. Neste caso, dizendo apenas que se esqueceu de algumas informações.

 

Você sabia que o cérebro não aceita a mentira?

Quando uma pessoa mente, para o cérebro, negando uma verdade. Portanto sempre dará indícios de mentira e será denunciado pelo cérebro.

Quando  está negando a verdade, o cérebro é obrigado a trabalhar duas ou três vezes mais para achar uma resposta falsa para aquela ocasião.

 

Os indícios que podem denunciar o mentiroso ou a mentira presente naquele momento, pode ocorrer uma  mudança no comportamento, rigidez ou curva para baixo do ombro, indicando desânimo ou culpa, frequência do piscar de olhos,  posição das mãos e das pernas, uso das sobrancelhas para dar ênfase, pausas na conversa para enrolar o ouvinte ou mesmo a vítima para ganhar tempo.

 

Segundo Ekman, o mentiroso é “uma pessoa que tem o propósito deliberado de enganar a outra sem notificá-la previamente desse propósito nem ter sido requerida de forma explicita a colocar em prática pelo destinatário”.

 

Qual o papel da mentira no dia a dia?

Há diversos motivos para se contar uma mentira. Seja para obter uma vantagem, para se proteger, para proteger o outro, para omitir algo, enfim, diversos motivos levam as pessoas a contarem aquela mentirinha.

Seja qual for o motivo, a mentira vaza no comportamento não verbal.

E você? Identifica a veracidade em um discurso?

https://youtu.be/jgxJULVJlyQ

 

 

PROXÊMICA

proxemica

A proxêmica pode causar regulação ou conflito nas interações.

Altman (1975) determina três tipos de territórios;

  1. Primário – são os ambientes mais restritos, considerados familiares que incluem objetos pessoais.
  2. Secundário – são mais propensos a conflitos, a noção de público e privado se confundem, a linha é muito tênue (bares, transportes, parques, etc.)
  3. Público – utilizamos temporariamente e não nos dá a sensação de pertencer, de propriedade.

Na área de investigação ou criminal profiling o responsável pela investigação geralmente se senta ao lado do investigado, sem dar a ele uma barreira física na interação que pode gerar uma fragilidade psicológica diante da invasão da proxêmica.

Já segundo Lyman e Scott (1967), podemos considerar três tipos de invasão;

  1. Violação – quando a pessoa manifesta um comportamento que ultrapassa o limite da individualidade, como encarar alguém, ocupar dois assentos, som alto em ambiente de estudo, etc.
  2. Invasão –  se trata de algo mais efetivo e concreto, ações que invadem fisicamente o ambiente do outro.
  3. Contaminação – o que encontramos no ambiente, algo que foi deixado, como um rastro de que o local foi utilizado (quando alguém utiliza sua mesa de trabalho e deixa algum objeto dela).

Essas situações consideradas como violações sempre evocam uma defesa. Podemos prevenir (marcar o território) ou reagir ( isso está ligado diretamente ao comportamento como alteração de voz, olhar, postura, etc).

Essas violações tampem provocam ações como afastamento e aproximação, interferindo diretamente na relação interpessoal.

Na IBMEF trabalhos com a proxêmica considerando;

  • 15 – 50 cm / Zona íntima
  • 50 – 120 cm / Zona Pessoal
  • 1,2 – 3 m / Zona Social
  • 3m – 8m / Zona Pública

Quando percebemos alguém a nossa frente que não se mostra muito amigável, tendemos a esquivar da situação, em contrapartida, quando buscamos a aceitação do outro tendemos a diminuir a distância física.

O AMBIENTE INTERFERE NA COMUNICAÇÃO

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O ambiente que estamos inseridos causa interferência na nossa comunicação. Todo encontro gera uma alteração emocional.

Em ambientes formais geralmente nos comportamos menos relaxados, ficamos mais hesitante. Quando nos sentimos mais acolhidos no ambiente a nossa comunicação e comportamento fluí de forma mais relaxada. Se estamos diante de uma situação mais delicada o ambiente privado nos proporciona uma comunicação mais próxima, de confiabilidade. Já os ambientes familiares dispensam rituais de comunicação e comportamento, é uma comunicação com menos defesa e preocupação.

Se o indivíduo está inserido em um ambiente que causa constrangimento o comportamento pode desencadear em uma esquiva. A exposição limita a comunicação, se a pessoa está em um ambiente menor com pessoas que lhe são distantes, geralmente ocorre a interrupção da comunicação.

O tempo mesmo sendo algo intangível também interfere na comunicação, ele adjetiva o outro através de seus comportamentos; atrasado, pontual, fala muito, etc. Da mesma forma o timing faz a diferença quando o silêncio ocorre no momento certo, o abraço, etc.

Intervalos na comunicação pode expressar diferentes interpretações de acordo com o contexto, pode indicar desinteresse, discordância, etc.

Dentre todos esses elementos que interferem na comunicação e comportamento, a maior influência sem dúvida nenhuma é o outro que está presente no ambiente. Se a pessoa em questão tem um papel passivo ou ativo naquele cenário, se o conteúdo da informação é sigiloso e será exposto. Em uma comunicação os únicos indivíduos ativos são os interlocutores.

Os sons interferem na comunicação, pode gerar grande incômodo já que algumas pessoas são mais suscetíveis aos ruídos. Da mesma forma, a iluminação interfere também, por exemplo, uma luz mais baixa, pode indicar uma maior intimidade aos envolvidos.

A mudança de objetos e local pode interferir, pode desencadear uma inibição/barreira na comunicação, principalmente no setting terapêutico.