As cinco feridas da infância

Cinco feridas da infância

Algumas feridas emocionais na infância refletem diretamente na vida adulta. Podemos constatar seus resultados nos comportamentos.

 

Há cinco feridas que podemos perceber as consequências no comportamento do adulto em seu dia a dia, em pequenos detalhes.

 

A família é o primeiro convívio social da criança, e seu desenvolvimento é vinculado as experiência que ela vivencia nesse ambiente, logo, essas vivências caminham com ela durante a sua vida, são memórias afetivas importantes que influenciam em suas atitudes, comportamento e tomada de decisão.

 

Abandono: crianças que vivenciaram o abandono tende a se tornar um adulto que abandona projetos, relacionamentos por medo de ser abandonado.

 

Rejeição: geralmente se tornam adultos mais esquivos socialmente e buscam aceitação de pessoas importantes para ele. É comum em pessoas que viveram a rejeição ao entrar em um local, buscar o viés de confirmação.

 

Humilhação: pode desencadear uma personalidade dependente ou um adulto tirano e egoísta em algumas situações.

 

Traição: o adulto pode se mostrar controlador e desconfiado em seus relacionamentos, o sentimento de posse é bem presente.

 

Injustiça:  surge de ambientes onde os cuidadores são frios e autoritários, pode desencadear um adulto com dificuldade de tomar decisões com confiança.

 

Quantas vezes nos deparamos com pessoas “difíceis” de lidar. Quando saímos da superfície do olhar podemos compreender o motivo de muitos comportamentos com uma nova perspectiva, com um olhar de empatia.

 

Identificar a verdadeira emoção na face te auxilia a ter um olhar mais profundo sobre o outro. Confira nossa programação.

 

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O SUPEREGO e as emoções

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É o terceiro sistema a se desenvolver. Representa os valores internos. Ele se forma na infância através de recompensas e punições. Se trata da força moral da personalidade.

 

O Superego representa mais o ideal do que o real, ele busca se alinhar, sua principal demanda está ligada ao que é certo ou errado, como um árbitro moral, para executar uma ação.

 

Ele trabalha com dois subsistemas- punição e recompensa:

  • Punição: o que é impróprio, causa punição  e é incorporado na consciência.
  • Ideal de ego: o que é aprovado, ligado a recompensa e essa incorporação é chamada de introjeção, onde a criança introjeta os valores morais.

 

Quais são as principais funções do Superego?

  1. Inibir os impulsos do Id.
  2. Persuadir o ego a substituir ações realistas por ações moralistas.
  3. Buscar a perfeição.

 

O ego ele adia a satisfação do id, enquanto o superego, se aquilo for contrário a seus valores deseja bloquear definitivamente.

 

O Superego está ligado diretamente ao sentimento de culpa através da punição na formação de valores, onde é incorporado na consciência que aquilo é errado. Então, o superego deve a todo momento alinhar o reconhecimento das emoções, desejos, necessidades e ações aos valores morais, ele é o responsável pela raiva pré-ataque não se transformar em um ataque de fato.

 

Todas as instâncias estão intimamente ligadas a como expressamos nossas emoções, seja na busca de uma satisfação, na busca de um comportamento adequado para sanar a necessidade ou até mesmo o bloqueio de uma ação impulsionada por uma emoção.

 

As três instâncias trabalham juntas:

  1. Id é o componente biológico
  2. Ego é o componente psicológico
  3. Superego é o componente social.

 

 

 

 

 

 

O papel das emoções na vida afetiva

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A emoção é o que dá cor, calor e brilho em nossas relações. Sem emoção, nossa vida seria sem “sabor”, sem “cor”.

Outros componentes que afetam as emoções são: intensidade que vivenciamos, ambiente, grau de intimidade, entre outros fatores que produz alteração em nossa vivência afetiva.

Quando nossa ligação com o outro é muito estreita, pode ocorrer uma confusão emocional e afetar sua percepção da situação.

O estado de humor é refletido no corpo, face e comportamento.

As emoções são reações momentâneas, desencadeadas por eventos “significativos”. Assim, como no humor, as emoções são representadas através do comportamento, na face, gestos, já que se trata de uma experiência psíquica e somática.

Os sentimentos estão alinhados as sete emoções universais.

Mas o sentimento da paixão assume outra conotação, ele atua como um protagonista quando vivenciado, ele ocupa grande parte da atividade psíquica do indivíduo, determina o direcionamento da sua atenção / interesse e camufla o que não possui ligação com o desejo.

Sem a competência da inteligência emocional, nesse ambiente interno reside o conflito da pessoa entre a razão e emoção, onde a emoção ganha o rótulo da cegueira, como se a tomada de decisão estivesse totalmente voltado para o cérebro emocional.

É fundamental para um bom relacionamento em sociedade a identificação das sete emoções universais, você terá a oportunidade de ampliar a visão de si e do outro.

Identificar seus próprios limites emocionais, reforçar seu contorno individual para obter uma maior controle de comportamento frente as situações do dia a dia.

Você conhece as sete emoções universais?

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PROXÊMICA

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A proxêmica pode causar regulação ou conflito nas interações.

Altman (1975) determina três tipos de territórios;

  1. Primário – são os ambientes mais restritos, considerados familiares que incluem objetos pessoais.
  2. Secundário – são mais propensos a conflitos, a noção de público e privado se confundem, a linha é muito tênue (bares, transportes, parques, etc.)
  3. Público – utilizamos temporariamente e não nos dá a sensação de pertencer, de propriedade.

Na área de investigação ou criminal profiling o responsável pela investigação geralmente se senta ao lado do investigado, sem dar a ele uma barreira física na interação que pode gerar uma fragilidade psicológica diante da invasão da proxêmica.

Já segundo Lyman e Scott (1967), podemos considerar três tipos de invasão;

  1. Violação – quando a pessoa manifesta um comportamento que ultrapassa o limite da individualidade, como encarar alguém, ocupar dois assentos, som alto em ambiente de estudo, etc.
  2. Invasão –  se trata de algo mais efetivo e concreto, ações que invadem fisicamente o ambiente do outro.
  3. Contaminação – o que encontramos no ambiente, algo que foi deixado, como um rastro de que o local foi utilizado (quando alguém utiliza sua mesa de trabalho e deixa algum objeto dela).

Essas situações consideradas como violações sempre evocam uma defesa. Podemos prevenir (marcar o território) ou reagir ( isso está ligado diretamente ao comportamento como alteração de voz, olhar, postura, etc).

Essas violações tampem provocam ações como afastamento e aproximação, interferindo diretamente na relação interpessoal.

Na IBMEF trabalhos com a proxêmica considerando;

  • 15 – 50 cm / Zona íntima
  • 50 – 120 cm / Zona Pessoal
  • 1,2 – 3 m / Zona Social
  • 3m – 8m / Zona Pública

Quando percebemos alguém a nossa frente que não se mostra muito amigável, tendemos a esquivar da situação, em contrapartida, quando buscamos a aceitação do outro tendemos a diminuir a distância física.

SETE EMOÇÕES UNIVERSAIS

Micro Expressão

Emoção Alegria – é uma emoção universal relacionada com o bem-estar e, resulta em sentimentos positivos. É uma emoção subjetiva claramente positiva, pois, provoca boas sensações nas pessoas que as experimentam. Na emoção de Alegria, ao vivenciar é rápido com pouca duração ao contrário da emoção de tristeza que ao vivenciar tem sua duração prolongada. Quando uma pessoa vivencia a emoção da alegria é gerado devido à liberação de substâncias químicas como dopamina e a noradrenalina.

Emoção Aversão/Nojo –  Paul Ekman descreve: “… um sentimento de aversão… por alguma coisa repulsiva que nos desperta uma repugnância. Saber de alguma coisa pode ser ofensivo no sabor ou cheiro, pode nos deixar com repugnância (…) podem não ser paladar, cheiros ou toques; a indicação deste pode provocar aversão como também as ações, a aparência das pessoas ou até mesmo as ideias”.

Emoção Raiva – envolve diversas experiências diferentes, existindo também um grande alcance de sentimentos gerados pela emoção da raiva. Que pode variar de ligeiramente irritante até a ira completa. Os sentimentos e ação que a emoção raiva provoca, podem muitas vezes, destruir ou abalar uma relação pessoal ou profissional. Nossa expressão facial ou tom de voz sugerem ao nosso alvo da raiva que estamos furiosos com alguma coisa. Como em outras emoções, a raiva possui poderosos sinais musculares na face e na voz, dando assim, aos outros a indicação e a informação de que há algum problema.

Emoção Desprezo –  Paul Ekman, descreve a emoção de desprezo da seguinte visão: “O desprezo é apenas experimentado em pessoas ou ações de pessoas, mas, não são gostos, cheiros ou toques, (…) podemos, contudo, sentir desprezo sobre pessoas que comam coisas desagradáveis e nesta emoção existe um elemento de condescendência sobre o objeto de desprezo”. Apesar de sentimos superiores a outra pessoa, quando sentimos desprezo, aqueles que ocupam uma posição subordinada pode sentir desprezo de seus superiores. As sensações sentidas durante a experiência de desprezo, não são necessariamente desagradáveis. O desprezo está ligado ao poder e ao estatuto! Os desprezos assim, como as outras emoções, variam em intensidade e força.

Emoção Medo – existem estudos realizados sobre o medo, do que sobre qualquer outra emoção. “O medo é um estado interno da pessoa, pois, este sente que há perigo, logo sente medo. É uma emoção associada ao perigo, que pode ser extremamente breve, mas também pode durar um longo período de tempo”. Podemos aprender a ter medo de quase tudo, porém, não podemos fazer quase nada quando sentimos medo, dependendo daquilo que aprendemos anteriormente sobre aquilo que nos protege da situação em que estamos envolvidos.

Emoção Surpresa – “A emoção da surpresa, é a mais sumária das emoções universais, durando apenas 1 segundo” – Professor Paul Ekman. A emoção da surpresa é uma experiência breve e inesperada. Acontece apenas no momento em que decorre a situação que nos surpreende e, depois disso acontecer, a surpresa pode ser substituída pelas outras seis emoções universais. Podendo também vivenciar sentimentos como: alivio vergonha, culpa remorso, etc.

Emoção de Tristeza – conforme  Paul Ekman, argumenta que existem tipos de perda que podem provocar a emoção da tristeza, como “a rejeição de um amigo (a), a perda de autoestima pelo fracasso de um objetivo falhado, a perda de um parente próximo, a perda da saúde, a perda de alguma parte do corpo ou função provocada por um acidente, ou doença e, também a perda de objetos considerados valiosos para a pessoa”. A tristeza provoca resignação e desespero assim, como desagrado, desilusão, desencorajamento, etc.

Marcos Roberto